Em 1932 Altinópolis vai à guerra.

A revolução de 1930 teve o apoio de todos os estados brasileiros, inclusive grande parte dos paulistas. Getúlio Vargas ascendia ao poder com um país em frangalhos, em todos os aspectos. Prometera uma nova Constituição Federal, enganando a nação. Traiu o Brasil. São Paulo se rebelou de pronto, juntamente com Minas Gerais e Mato Grosso, que exigiam a prometida Constituição.
M.M.D.C. foi o acrônimo pelo qual se tornou conhecido o levante revolucionário paulista, em virtude das iniciais dos nomes dos estudantes paulistas Martins, Miragaia, Dráusio e Camargo, assassinados por capangas de Getúlio Vargas em 23 de maio de 1932, na Faculdade de Direito do Largo de São Francisco, na capital. Este assassinato foi o estopim para a Revolução Constitucionalista de 1932.
Em 9 de Julho de 1932 explode a revolta em São Paulo contra o presidente Vargas e tropas federais são enviadas para conter a rebelião. As forças paulistas lutariam contra o exército golpista durante três meses.

Voluntários de todos os municípios engrossavam as fileiras paulistas, dentre eles os altinopolenses Mario Leme Walter, Tinorando e Alcides Rodrigues de Almeida, Álvaro de Oliveira, Joinha Garcia de Figueiredo, José Mango, Antonio Fernandes de Paiva, José Garcia de Figueiredo, Guilherme Brondi, Octacílio Sampaio, Salvador Patrocínio, Virgilio Pierucci (Alcindo), José Maime, Emiliano de Oliveira, Alcides Ribeiro, Francisco Sebastião Sabia, José Mendes Salomão, Jared de Carvalho Neves, João Bueno,Ovídio Moschiar, Antonio de Campos, Miguel Bonilha, Itamar Martins, Aires Neves de Mello, Waldomiro de Campos, Manir Antonio Calil e Pedro Lourenço de Carvalho, homens que dariam suas vidas pela causa de São Paulo que, ao final, lutou sozinho contra todas as tropas do país. Todos contra São Paulo, pátria de ordem, berço de guerreiros.

Assista ao depoimento de José Mango, um altinopolense nascido em 1912 que lutou por São Paulo e a sua terra natal, Altinópolis.